segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Dez regrinhas para uma visita ao recém-nascido

Se não conseguirem ir à maternidade, façam a visita em casa pelo menos 2 (DUAS) semanas após o nascimento, pois os primeiros dias são extremamente exaustivos: a chegada do bebê gera uma grande mudança e até a mamãe se acostumar, demora um pouco…

1) Evitem visitas no mesmo dia em que o bebê nasceu
A maioria das mamães passa muitas horas em trabalho de parto e depois que os bebês nascem ficam EXAUSTAS! Dependendo da hora em que o bebê nasceu (se foi de madrugada, por exemplo) é melhor deixar a visita para o segundo dia. Claro que se você for muito íntimo ou um parente bem próximo – como vovós/ôs e titias/os – a mamãe vai lhe querer por perto, mas é sempre bom perguntar antes. Vai que...

2) Nunca visitem a nova mamãe no período da noite
Sei que muita gente trabalha e só consegue ir nesse horário, mas saibam que o recém-nascido realmente traz muita mudança na rotina e (novamente o alerta para os esquecidos) até a mamãe se acostumar demora um pouco. Portanto, a não ser que a mamãe insista bastante, visitas após as 20h nem pensar!

3) Nunca peçam para carregar o bebê no colo!
Se a nova mamãe quiser que você segure o bebê, ela vai lhe oferecer. Caso contrário, não peça. Pedir para acordar o bebê então, NEM PENSAR! Acreditem que tem gente que pede mesmo esse absurdo.

4) Fotos do bebê
Se quiserem tirar fotos do bebê, perguntem para a mamãe se pode, se ela se incomoda.

5)  Visita rápida
Façam uma visita rápida: fiquem pouco tempo na maternidade ou na casa. Acredito que uma vista de até uns 40 minutos é o ideal. Se você for um parente muito próximo pode ficar o tempo que considerar necessário, só preste atenção se a mamãe não está cansada ou quer tirar uma soneca. Lembro-me de ficar tão cansada quando o João era bebê, que quando ele dormia durante o dia, era o momento em que eu aproveitava para descansar também e daí se tinha visita em casa, já era o descanso.

6) Hora das mamadas: deixem a mamãe e bebê sozinhos!
Assim que o bebê nasce, as mamães ficam um pouco estressadas com o momento das mamadas por diversos motivos: não sabem se o leite vai descer, se vai doer como na última mamada, ou mesmo se ela não se sente bem com alguém olhando seu peito gigante, ora! Afinal, amamentar não é como assinar contrato com as revistas VIP ou Trip. Ou seja, não fique de jeito nenhum observando a mamãe dar as mamadas ao bebê! Saia do quarto (e leve os “sem noção” junto) e deixem esse momento íntimo apenas entre eles!

7) Pode levar crianças?
Acho sempre bom ligar antes e perguntar para a mamãe, pois é uma decisão muito pessoal, eu gostei muito de receber todas as crianças que foram nos visitar, mas se você não tiver intimidade, melhor não levar. Lembro-me que quando o João nasceu, eu adorei receber todos, principalmente as crianças. Mas tem gente que não gosta e temos que respeitar. 

8) A mamãe normalmente está bem sensível nos primeiros dias do nascimento
Não façam comparações do tipo de parto, sobre o peso com que a criança nasceu ou sobre ter ou não que amamentar! Lembre-se que muitas vezes QUERER não é PODER! E só quem é mãe e passou por uma gravidez sabe disso. Então, é muito deselegante quando chega alguém (normalmente aquela/e amiga /o que ainda não teve filho) dizendo sobre o tipo de parto ideal, sobre o peso ideal etc..

9) Lembrancinhas
Não é legal o visitante querer levar lembrancinhas para outras pessoas que não estejam na visita! Normalmente, as lembrancinhas são contadas. Com certeza a mamãe vai entregar algumas lembrancinhas extras se quiser que o visitante entregue para alguém!

10) Cheiros
Por último, é legal não chegar com um perfume muito forte ou cheiro de cigarro (óbvio) para uma visita ao recém-nascido!


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Ele foi passear e tudo vai passar

Hoje meu pequeno foi ao primeiro passeio com a turma da escola. Foi lindo ver aquelas mini pessoas de mãozinhas dadas com os olhinhos brilhando num misto de curiosidade e receio do desconhecido. Os sorrisos entre os lábios mostravam que a ansiedade era por felicidade e isso eu tenho certeza que ocorreu. Tenho convicção que foi uma manhã muito feliz para todos, inclusive para nós, pais. Mas essa "emancipação" me fez lembrar de um texto que li uma vez. Fiz umas adaptações e postei aqui.

PS. Estou louca para agarrar estas bochechas gostosas quando ele chegar e casa hoje...

"Eles vão crescer e dispensar nosso colo;
Vai chegar a fase em que os amigos serão mais importantes que os pais;
Que nossas demonstrações de afeto serão consideradas um grande mico;
Que em vez de torcemos para que eles durmam, torceremos pra que cheguem logo em casa;
Que não se interessarão pelos velhos brinquedos;
Que o alvoroço na hora do almoço ou do jantar, dará lugar a calmaria;
Que os programas em família serão menos atrativos que o churrasco com a turma;
Que dirão coisas tão maduras que nosso coração irá se apertar;
Que começaremos a rezar com muito mais frequência;
Que morreremos de saudade de nossos bebês crescidos.

Por isso...

Viva o agora;
Releve as birras. Eu sei que é difícil. Algumas, pelo ao menos;
Conte até 10. Até 20, até mil;
Faça cócegas. Dê gargalhadas juntos;
Conte histórias;
Dê (e peça) abraços de urso;
Deite ao lado deles na cama. Deixe-os deitar na sua cama de vez em quando. Nos dias frios é uma delícia. Garanto;
Abrace-os quando tiverem medo.
Beije os machucados. Beijo de mãe cura de verdade. Acredite porque eles acreditam que sim;
Solte pipa.;
Brinque de boneca, de carrinho, de avião;
Faça gols, ensine a andar de bicicleta. Comemore a liberdade. Vibre junto;
Divirtam-se;
Acorde cedo aos domingos pra aproveitar mais o dia;
Rezem juntos;
Estimule-os a cultivar amizades;
Faça bolos;
Carregue-os no colo. Mesmo sabendo que terá dor nas costas. Carregue sempre que possível;
Diga que os ama todos os dias/horas. Faça com que saibam o quanto são amados;
Passem o máximo de tempo juntos...

...assim quando eles decidirem partir para seus próprios vôos, você ainda terá tudo isso guardado no coração e deixará tudo também guardado na memória deles." 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Culpa: a assombração de qualquer mãe

Todas nós sabemos que a culpa faz parte da maternidade. É impressionante como todas as mães, em algum momento, sentem ou já sentiram a tal da “culpa”! Uma pesquisa do site Baby Center apontou que, o gritante número de 94% das mães, têm esse tipo de sentimento.

É bem verdade que toda mãe quer o melhor para o seu filho e quer ser perfeita em tudo o que faz. Nós sofremos com os deslizes que acreditamos ter cometido. Mas, às vezes, as coisas saem do nosso controle e do que idealizamos. E, em vez de encarar com naturalidade esses acontecimentos, abrimos brechas para o clássico sentimento de culpa, que não nos dá sossego.

Você pode trabalhar fora o dia todo ou trabalhar em casa o dia inteiro… Toda mãe sente essa aflição, cada uma do seu jeito, cada uma com seu motivo. A verdade é que temos que aprender a nos preocupar menos e a nos concentrar no que mais importa, assim, criaremos filhos mais felizes e seguros!

Tenho certeza de que com alguma das 10 culpas citadas abaixo, vocês se identificarão!

Vamos à lista:

1) Culpa por não ficar muito tempo com os filhos

Essa é a campeã, a número1! As mães que trabalham fora vivem esse conflito de quererem ficar com os filhos e, ao mesmo tempo, não largar a carreira que constuíram até agora. A verdade é que, com a entrada da mulher no mercado de trabalho, a exigência pela perfeição feminina - agora, também profissional, além de mãe e esposa - levou a esse conflito. Confesso que detesto aquelas que resolveram queimar sutiã. Olha o que deu...Mas, ninguém é capaz de exercer todas as funções perfeitamente, inclusive as mães - que podem se achar infalíveis, mas não são!

Claro que o imprescindível é educar nossos filhos e fazê-los felizes, mas pesquisas dizem que, crianças cujos pais trabalham fora, acabam adquirindo uma liberdade maior e, na maioria das vezes, senso de independência e responsabilidade. Enquanto muitas crianças superprotegidas não sabem agir diante do mundo, portanto não se preocupe. É comum se sentir culpada, mas a partir do momento em que o excesso de cobrança desaparece.

2) Culpa por se sentir cansada

Essa é uma culpa eterna... Quando fico cansada, me sinto mal por não estar com minha paciência normal, acabo até elevando a voz e depois, fico péssima por ter me alterado por tão pouco! Claro que podemos sim perder a paciência, mas temos que tomar cuidado para que não aconteça. Precisamos ser coerentes e prestar muita atenção no cansaço e no nosso limite.

Precisamos nos respeitar e, se o cansaço bater, temos que descansar sim, até voltarmos ao nosso normal. Afinal, somos humanas e temos a maior intenção do mundo em acertar, mas o respeito e a coerência, são primordiais na educação e criação dos nosso filhos!

3) Culpa por não ter amamentado tanto quanto gostaria

As circunstâncias nem sempre são como gostaríamos, às vezes nos vemos em situações que não achávamos que passaríamos e o melhor a fazer, sempre, é o que fará melhor para nossos filhos e não para nós mesmas. Portanto, mamães que não tem leite o suficiente, ou que por algum motivo não podem amamentar, não se sintam culpadas, mas tentem dar o melhor de si para que seu filho seja feliz e saudável. E, se conseguir amamentar exclusivamente até o sexto mês, façam, porque realmente esse é o melhor dos mundos!

4) Culpa por deixar os filhos comerem besteiras

Admiro MUITO as mães que não dão nada de "besteiras" para os filhos. Durante a semana, eu tento realmente estabelecer uma alimentação totalmente saudável para meus pequenos, sem doces, sem frituras, com legumes, frutas, etc... Porém, quando temos festinhas, ou até mesmo aos finais de semana, não tenho coragem de não deixá-lo comer brigadeiro, pipoca, bolo. Realmente é uma fraqueza minha... Não tenho pulso firme o suficiente para isso. E também penso que eu naquela idade comia tudo isso e taí, cresci forte, saudável e estou aqui hoje. Por isso não fico me sentindo culpada, pensando que não deveria ter deixado, que faz mal, que sou uma péssima mãe, que queria ser daquelas que só dão orgânicos e nunca deram açúcar para os filhos, etc, etc.... Cada um tem um estilo de vida e costumes. Não podemos generalizar. Só não gosto quando vem para mim aquelas mães indagando tudo. Mando logo a merda porque cada um faz como acha correto com seu filho e pronto, oras.

5) Culpa por ser muito rígida

Segundo pesquisas, essa é uma das culpas que as mães mais sentem. Mas afinal, que mãe não quer que seu filho seja educadíssimo, bem sucedido e respeitoso? A rigidez deve existir sim, mas ela também precisa de limites! Quando os critérios de avaliação são muito altos, as mães acabam exigindo tanto dos filhos que, praticamente nada, está bom o suficiente... E é aí que mora o perigo, quando não é costume parabenizar pelo acerto, mas sim crucificar pelo erro. Porque assim, com o tempo, os filhos vão desistindo de querer acertar, pois nada é o bastante para os pais, e é difícil suportar a frustração quando ela é constante.

Meu filho tem 3 anos e 4 meses, mas parece que os "terrible twos" ainda sobrevivem por aqui. Meu menino praticamente implora por limites e eu estava realmente perdida nas minhas atitudes, pois quando me considero muito rígida com ele, fico me sentindo a pior pessoa do mundo!! É horrível. Só com o tempo para aprender a dosar tudo. E aceitemos: nunca seremos boas o suficientes. Nunca seremos exemplares. Sempre acharemos que está faltando uma coisinha para sermos ótimas mães. É a culpa.

6) Culpa por não comprar coisas que seu filho quer (ou o contrário, por dar presente fora de hora)

"Os pais que sentem esse tipo culpa geralmente acham que, assim, compensariam a pouca quantidade de tempo que passam com ele. Mas isso não é verdade. A dedicação à criança não pode ser comparada a um presente", diz Ana Merzel Kernkaut, psicóloga do Hospital Sírio-Libanês. Ela afirma que, na verdade, a culpa deveria ser justamente o contrário: comprar tudo o que ele quer. "Os filhos precisam aprender, desde pequenos, que ninguém possui tudo o que deseja. Eles devem ter limites e aceitar quando o pai diz 'não'", afirma a especialista.

Mas, nós todos sabemos que não é nada fácil passar em frente a uma loja de brinquedos e seu filho implorar por uma daquelas tentações e você negar. Portanto, temos que nos controlar também e fazer valer a regra de conter o consumismo dos nossos filhos, conversando com eles desde cedo e explicando quando é a hora de ganhar presentes - por exemplo em datas comemorativas como o Natal e o aniversário. Entrar na padaria ou levá-lo ao supermercado tem sido um martírio atualmente. Ele quer tudo, eu falo que vou levo nada, acabo levando alguma coisa e ele permanece na birra e saímos do lugar brigados sempre com ele se arrastando e eu o puxando fazendo cara de paisagem, sabe? Ai que horror...

7) Culpa por deixar o filho com a babá

Pensem numa cena: seu filho cai e se machuca e você vai correndo para pegá-lo no colo para acalmá-lo. Daí a babá aparece e seu filho pula para o colo dela... Se a mãe fica fora o dia todo, com certeza passará mil coisas pela cabeça dela, se está sendo muito ausente, se o filho prefere a babá ou se ela não está sendo boa mãe. Culpa por deixar o filho com outra pessoa é inevitável para uma mãe, mas faz parte do mundo atual. E não é nem apenas por este tipo de situação citada acima, temos também a insegurança e incerteza de saber se a babá ou cuidadora está cuidando bem do seu filho, tão quão você estaria cuidando.

Eu, que agora fico a maior parte do tempo com ele, também tenho essa culpa quando não estou em casa ou ele está na escola. E, para diminuir essa culpa, é essencial que a mãe tenha confiança absoluta na babá do seu filho, na escola que escolheu e no papai que também é suficiente para cuidar da criança. Do jeito dele, mas é. Temos que aceitar isso. E podem ter certeza que a criança sabe se comportar exatamente com um e com outro, sabendo o que ela pode exigir de um e do outro. Eles são muito mais esperto do que nós, adultos.

8) Culpa por não sentir culpa

Realmente tem mães que não sentem culpa nenhuma e se questionam por causa disso.

Para este item, os especialistas dizem: "há duas explicações: ou você é uma mãe que realmente conseguiu descobrir a melhor maneira de lidar com seus conflitos - e, apesar dos dilemas diários, já não se abala tanto com isso -, ou você está delegando responsabilidades na criação dos filhos a outras pessoas - geralmente, à escola ou à babá. Um exemplo é do que acontece em várias escolas. Há muitos pais que, hoje em dia, cobram dos educadores mais do que deveriam. E isso acontece principalmente com quem tem filhos pequenos, que ainda frequentam berçários. Estes pais costumam achar que, muito do que é função deles, na verdade é papel do professor", diz Harumi Kaihami, psicóloga do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesses casos, vale a mãe refletir sobre seu papel.

Já, sob meu ponto de vista, considero pura segurança! Acho que mães que não sentem culpa devem ser muito bem resolvidas. Eu chego lá!

9) Culpa por viajar sem os filhos

Sei que é importante sair um pouco e dar atenção para o marido, mas eu tenho uma dificuldade imensa em lidar com isso. Não sei se um dia conseguirei. Uma coisa que ajuda a me acalmar (um pouco) é o fato da minha mãe ser a pessoa mais legal do mundo para meu filho. E, para ele, uma temporada na casa da vovó é melhor do que qualquer presente.

10) Culpa por não ser uma mãe perfeita

Quem é a mãe perfeita? Essa mãe que nós queremos ser nem sempre existe ou é possível. A mãe ideal mora no nosso imaginário e é criada desde que somos pequenas e brincamos com as nossas bonecas. Faz parte de um modelo familiar e sócio cultural que herdamos. Para ser uma mãe possível nós precisamos, primeiramente, admitir que não somos perfeitas. E para isso, devemos nos livrar da culpa do que não conseguimos fazer na nossa rotina e precisamos respeitar nossos limites físicos e emocionais.

Todas nós queremos dar o melhor para nossos filhos: o amor incondicional, a melhor educação, a alimentação correta, queremos que eles tenham respeito pelo próximo, um bom caráter, e mil outras melhores coisas. Todas essas "culpas" vem do medo de frustrar os filhos, da busca pela perfeição, por tentar alcançar um modelo quase inatingível. Mas a verdade é que todas nós éramos mães perfeitas, até termos nossos filhos.



Fontes: Just Real Moms / Revista Crescer / Baby Center / Personare / Delas